O último dia do 6º Congresso da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo contou com a presença de Marcelo Tas, jornalista e humorista, para palestrar sobre a Cobertura Política com Humor. A palestra foi pautada pela grande questão deste tipo de cobertura: o quão válido é o humor no Jornalismo?
Antes do início da palestra o que mais se ouvia na platéia eram comentários sobre o CQC, programa em que Tas é âncora e coordenador editorial, e especulações sobre qual tom teriam a apresentação. Aqueles que esperavam por um tom descontraído não se decepcionaram: logo de início Marcelo brincou com o horário da palestra: “Palmas para nós que levantamos hoje cedo”. Em seguida, apresentou vídeos de Ernesto Varela, um antigo personagem que era um repórter/humorista.
Tas acredita que o Brasil tem paladar especial pelo humor misturado com o jornalismo, mas adverte que, a priori, os dois são incompatíveis: “O humor é impreciso, às vezes irresponsável, enquanto o jornalismo tem o dever de ser exatamente o oposto”. Com essa declaração Tas aproveitou para criticar a postura da mídia, que na ânsia de vender suas notícias, chega a ser menos responsável e séria do que muitos humoristas.
Como um entusiasta do humor no jornalismo, Tas constantemente ressaltou como o humor potencializa o efeito de uma matéria. Dando exemplos do CQC, programa que em seu início sofreu com a indiferença dos políticos, mas hoje é respeitado por eles, mostrou como o humor na cobertura política incentivou os jovens a se interessarem pelas notícias do Planalto.
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